A TECNOLOGIA E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

AS CRIANÇAS E AS MÍDIAS

Há muito tempo que nas escolas waldorf  temos um cuidado especial com as mídias e estamos sempre buscando esclarecer os malefícios das telas no desenvolvimento das crianças, mas a velocidade tecnológica é avassaladora e engole com muita rapidez a infância.

Hoje, muitas são as pesquisas nesta área, e preocupante os resultados. Mas parece que não acordamos para este problema, não temos força para mudar o rumo dessa corrente. Muito pelo contrário, nós adultos também estamos nos rendendo e nos submetendo cada vez mais aos apelos tecnológicos.

Vários aspectos precisam ser visto: motores, sociais, cognitivos entre outros. Vamos tentar elencar aqui alguns deles:

• • Os aspectos motores são os mais prejudicados na primeira infância, fase em que as crianças estão em pleno desenvolvimento do corpo. Embora em adultos também já tenhamos sinais de doenças motoras como LER;
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• • A criança será prejudicada em seu desenvolvimento motor global uma vez que está parada e não se exercita, assim aspectos como tônus muscular, equilíbrio, lateralidade noção espacial ficarão comprometidos;
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• • O desenvolvimento ocular, que faz parte do desenvolvimento motor fino, sofrerá fortes consequências e aqui podemos salientar alguns pontos: o olhinho fica parado diante de uma luz forte e uma imagem, dessa forma seus músculos não exercitam foco, ajuste de profundidade, movimentos amplos. Ficam vidrados. Além de que o que os olhos vêem não é o que o corpo sente, desconexão sensória.

E o que isso implica? Mais tarde, no processo de alfabetização, provavelmente a criança terá dificuldade de leitura e interpretação.

• • No desenvolvimento auditivo também temos alterações, uma vez que a fonte sonora vem sempre do mesmo lugar, a criança não se esforça para captar sons de lugares distintos e distâncias variadas;
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• • O som é mecânico e muitas vezes as palavras não correspondem ao movimento da boca por conta de dublagens;
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• • O volume é homogêneo e acaba por “endurecer” o ouvido para sons sutis.

Não existe interação, conversa...

• • Já está comprovado que a criança não aprende nada com as telas, elas não conseguem transpor o que as telas mostram para a realidade. Jogos e aplicativos que ensinam coisas são inúteis e desnecessários, uma vez que a aprendizagem dos pequenos se dá pela imitação e afetividade;
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• • As atividades e imagens são todas direcionadas fazendo com que a criança se torne passiva perante a vida. Não há espaço para criar livre, pois existe um programa por trás de todo software;
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• • A relação com o ambiente e com o outro é um ponto bastante grave que temos visto crescer em forma de transtornos. As crianças não entram em contato real com o mundo nem com outras pessoas, vão se fechando num mundo próprio e irreal.

Enfim, são muitos aspectos que precisam ser considerados antes de expormos as crianças frente às telas. Vale uma boa pesquisa para que possamos pesar bem as vantagens e desvantagens deste artifício, a médio e longo prazo, que em vários momentos nos ajudam muito, mas não ajudam em nada às crianças.

É importante pesquisar sobre o assunto!